
Corremos sem parar. Avançamos de um projeto para outro, acumulamos tarefas e quando nos sentimos a chegar ao nosso limite, tentamos encontrar forças para terminar só mais esta tarefa, reunimos todas as nossas forças para colocar um visto em mais um item, da nossa interminável lista de tarefas.
Deixámos de saber parar, e acumulamos tensão, inquietação, agitação… durante o dia mantemo-nos em movimento, e à noite não conseguimos dormir, com tantos pensamentos a pairar sobre a mente, com tantas preocupações sobre as obrigações que esperam por nós, na manhã seguinte.
Involuntariamente, o hábito de correr, de vivermos apressados instala-se em nós, e a dada altura, para conseguirmos parar é preciso escolhermos parar. É necessário fazer isto de forma consciente, para conseguirmos começar a inverter este movimento incessante, para conseguirmos reequilibrar. Necessitamos de reaprender a parar, porque a mente e o corpo deixaram de saber como fazer para abrandar, fazer uma pausa, para podermos recuperar energia e voltar ao equilíbrio.
E por quem vale a pena abrandar, mudar de ritmo, fazer um movimento em direção à quietude e ao equilíbrio? Por si, naturalmente, mas também pelos seus filhos e por todos os que o(a) rodeiam.
Somente quando conseguimos fazer o equilíbrio entre ação e inação, movimento e quietude, correr e abrandar, é que conseguimos aliviar a tensão, relaxar, recuperar energia e consequentemente começamos a aceder à estabilidade, ao discernimento, ao equilíbrio e à tranquilidade.